Por Fr. Almir Guimarães, ofm
17. O novo documento sobre a formação permanente na Ordem dos Menores, já mencionado anteriormente, insiste: “Marcada muitas vezes por conflitos interpessoais, a Fraternidade aparece como lugar privilegiado para “fazer misericórdia” , para que o negativo se transforme em ocasião de crescimento. A situação de imperfeição das fraternidades não pode nos levar ao desânimo. Somos sempre interpelados pelo exemplo e pela palavra de São Francisco. Na Carta a um Ministro, a delicada situação fraterna é vivida como uma graça, não tanto pelo que ela tem de doloroso (des-graça) mas antes de tudo porque ela oferece ao Ministro a possibilidade de ser misericordioso, podendo desta forma exprimir, como ser humano, a realidade de um ser criado à imagem de Deus. A misericórdia nos faz compreender que não nos é permitido impor tempos e modos de conversão a todos (“Ama-os com tudo isso e não queiras que sejam cristãos melhores” / Carta a um ministro, 7), mas a respeitar os diferentes ritmos dos percursos de cada Irmão e da Fraternidade” (n.12).
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