segunda-feira, 30 de março de 2009

Capela do Alto reage para crescer em seus 44 anos


Capela do Alto completou 44 anos de emancipação político-administrativa com um objetivo: resgatar a identidade do município e, assim, ganhar autonomia. É que a cidade que cresceu em torno de uma capela e tem mais de 80% da área rural, ainda não conta com infraestrutura básica, o que acarreta vários problemas e fomenta a baixa autoestima da população. Mudar esse quadro é o principal desafio da atual administração. A intenção do novo governo é melhorar a qualidade de vida e direcionar a cidade para o crescimento sustentável através, principalmente, de ações sociais.

Marcelo Soares da Silva (PV) foi eleito pela primeira vez a um cargo político no ano passado e este ano, assume, encontrou vários problemas na cidade que o impedem, a princípio, de investir. A autoridade cita, por exemplo, que a herança das dívidas de governos anteriores, acumuladas em cerca de R$ 6 milhões entre processos trabalhistas e civis, e a falta de planejamento têm retardado a liberdade de ação do governo. Prova disso, pontua, é a falta de previsão para a ampliação do número de alunos na rede municipal de ensino e a redução orçamentária.

Infelizmente herdamos alguns problemas. Alguns normais, esperados, e alguns premeditados. A previsão original de orçamento para esse ano era de R$ 21 milhões, mas o aprovado foi de R$ 19 milhões. Esse déficit reduziu investimentos em todas as áreas, detalha ele, que acrescenta: cerca de 300 crianças com idade escolar ainda não foram inseridas por falta de sala de aula. O governo anterior não previu o crescimento da demanda estudantil. Estamos providenciando um espaço para os estudantes. O objetivo é prever o crescimento e com responsabilidade estruturar a cidade, igualmente em outras áreas, para esse crescimento, observa.

A autoridade ressalta que em três meses de governo o poder público tem procurado negociar as dívidas herdadas e simultaneamente reestruturar, primeiramente, os serviços públicos. Precisamos primeiramente arrumar a casa. Organizar as contas, planejar com responsabilidade os investimentos. Faremos um governo participativo.


Prova disso, foi a realização da audiência pública para discutir a vinda do presídio para o município, destaca. O chefe do Executivo capelense salienta que a comunidade discorda da ação estadual e que por essa razão tem se empenhado para que o Estado desista da decisão.


Como representante do povo eu discordo da instalação do presídio por várias razões, principalmente porque sua implantação nos trará outros problemas. Temos esperança que o Estado recue, mas caso não o faça, lutarei para que o governo estadual também assuma o ônus, pontua. O prefeito também destaca as ações ambientais. A autoridade cita a situação do aterro sanitário, encontrado como lixão.

O lixo era depositado aos montes e não havia sistema de tratamento ou forma de seleção. Há multas da Cetesb porque a situação era preocupante e já havia contaminado o solo. Conseguimos, parcialmente, reverter a situação. Há máquinas no local, o lixo está sendo aterrado regulamente e já começamos implantação de coleta seletiva. Isso é educação e estamos trabalhando para isso, finaliza Silva que espera que nos próximos anos, com reestruturação dos serviços, investimentos e ampliação na Saúde e Educação, fomentação da agricultura e legalização dos imóveis, a população capelense recupere a autoestima e resgate sua identidade. A comunidade precisa acreditar em si mesma e isso se faz dando-a a vez.

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Pascom Porto Feliz