- Pontífice abençoou pacientes do hospital São Francisco de Assis da Providência de Deus antes do evento oficial de inauguração de um pavilhão para tratamento de dependentes químicos
- Desde cedo, fiéis se aglomeraram diante do local
RIO - A Tijuca já estava em festa muito antes de o Papa Francisco passar pelo bairro. O Pontífice chegou, por volta das 18h, direto do aeroporto Tom Jobim para o Hospital São Francisco de Assis da Providência de Deus. Primeiro, participou de uma cerimônia de adoração ao Santíssimo na capela da unidade, que estava sendo inaugurada. Depois, abençoou dez pacientes do hospital, além de um pequeno grupo de peregrinos da Argentina. Entre os pacientes estava Maria da Conceição de Sousa, de 49 anos. Ela é cega e está internada há cinco dias com problemas cardíacos:
- Eu falei para ele que não podia ver com os olhos da carne, mas podia enxergar com os olhos do coração. Estou muito emocionada - contou Maria
Luciene Maria Burgos de Amorim, de 64 anos, internada desde o dia 17 para a implantação de ponte de safena, entregou um presente a Francisco, em nome de todos os pacientes: um crucifixo de marfim.
- Ele beijou minha cabeça, tocou na cirurgia e sorriu. Meu coração ficou novo - disse Luciene.
Mesmo quem não falou com o Papa se emocionou:
- Ele apenas sorriu e tocou minha mão, mas já estou muito feliz - disse Natalia Mouzinho, de 16 anos, paciente renal.
Durante o evento de inauguração de um pavilhão dedicado ao tratamento de dependentes químicos, discursaram o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, e o padre Manuel Manangão. Dois ex-dependentes químicos deram um depoimento sobre sua reabilitação diante do Papa Francisco.
Um dos jovens foi Riard Cassiano da Silva Reis, de 32 anos, que está sóbrio há 1 ano e 3 meses.
- Contei ao Papa a minha história antes, durante e depois das drogas. Vivi numa família desestruturada, meu pai era alcoólatra, e adquiri defeitos de caráter contra os quais luto até hoje. Comecei nas drogas com a maconha, fui usuário de cocaína e crack. Tentei parar sozinho mas não consegui. No ano passado, cheguei a tentar o suicídio. Minha vida voltou a ter sentido. - contou o rapaz.
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