Venda de medicamentos sem receita preocupa autoridades.
Problemas de saúde podem aparecer a longo prazo.
Do G1 Sorocaba e Jundiaí
Uma prática perigosa, mas muito fácil de encontrar é a automedicação. Muita gente toma medicamento por conta própria e, também, é comum achar farmácias que vendem remédios sem receita médica.
Além do risco para as pessoas, a automedicação, no caso dos antibióticos, também é um caso de saúde pública, pois se a doença não é corretamente tratada com o auxílio de um médico, a bactéria não é eliminada do organismo e, ainda, se torna mais resistente ao medicamento, mais difícil de ser combatida.
Segundo Fernando Antonio de Almeida, médico e professor de nefrologia em Sorocaba (SP), se o paciente usa antibiótico por um período inadequado, as bactérias podem desenvolver resistência ao medicamento e isso pode, a longo prazo, causar a presença de bactérias super-resistentes.
Os efeitos desse tipo de automedicação costumam aparecer a longo prazo. “Os efeitos mais comuns dos antibióticos são sobre o tubo digestivo. Eles causam muita irritação gástrica e intestinal. Eles também pertencem a uma classe de medicamentos que podem produzir alergias”, afirma o médico.
Mesmo sabendo dos riscos, a exigência de receita para a compra de antibióticos faz com que muitas pessoas dêem um “jeitinho”. No entanto, tanto o profissional quanto a farmácia que faz a venda desses medicamentos sem receita pode ser punido pelo Conselho Nacional de Farmácia.
De acordo com Rogério Gomes da Silveira, diretor do Conselho Regional de Farmácia de Sorocaba (SP), a prescrição do medicamento não cabe ao profissional farmacêutico. A prescrição é um ato exclusivo do médico e os farmacêuticos orientam quanto ao uso, como deve ser aplicado, com o que deve ser tomado e as interações medicamentosas que existem entre determinados produtos.
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