Sônia Manski e Valéria Rossi Domingos, estiveram no Museu das Monções
No dia 24 de outubro, as arquitetas do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), Sônia Manski e Valéria Rossi Domingos, estiveram no Museu das Monções em Porto Feliz para conhecer o local e analisar as atuais condições do prédio histórico.
As arquitetas são integrantes do corpo de jurados do concurso criado pelo Governo Estadual, que premiará os autores dos melhores projetos para restauro de três imóveis tombados pelo CONDEPHAAT: o Museu das Monções (Porto Feliz), o Palácio do Imperador (Itapura) e a Casa Caramuru (Ribeirão Preto). A iniciativa é da Secretaria de Estado da Cultura, através do Programa de Ação Cultural (ProAC).
O concurso é inédito e tem o apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). A intenção é de que os projetos vencedores sejam posteriormente utilizados pela Secretaria como base para a realização das obras de restauro nos edifícios. De acordo com o edital, a premiação para o autor do projeto de restauro do Museu das Monções será de R$ 450 mil.
A visita das arquitetas do CONDEPHAAT foi acompanhada pelo diretor de Cultura e Esportes da Prefeitura de Porto Feliz, Claudimir Causin, e pela coordenadora municipal de Cultura, Rosana Moraes.
Vale lembrar que o concurso lançado pelo Governo do Estado garante verba apenas para premiar o projeto técnico. Os recursos não envolvem as obras de restauro efetivamente.
Busca pela restauração
O prédio que abriga o Museu das Monções pertence ao Governo do Estado e, por isso, o município não é autorizado a intervir no local. Há dois anos, o museu precisou ser fechado para visitação pública devido às condições extremamente precárias do imóvel, que oferecia riscos aos visitantes.
A Prefeitura encaminhou diversas solicitações ao Governo do Estado e também realizou um abaixo-assinado pedindo a restauração e posterior municipalização do museu. Durante o período em que o imóvel permaneceu fechado, o Governo Municipal chegou a realizar algumas intervenções de emergência (como escoramentos e colocação de mantas protetoras) para manter a sustentação do prédio e garantir a segurança dos pedestres e motoristas que circulam pelo centro da cidade.
A Diretoria Municipal de Cultura também transferiu o acervo para um outro imóvel, com as devidas condições de armazenamento e preservação das peças, até que o processo de restauração seja firmado.
História
O Museu das Monções abrigava um rico e diversificado acervo com documentos, mapas e livros sobre as monções e a história de Porto Feliz.
O prédio foi construído por volta de 1850 em taipa de pilão, com a utilização de madeira e barro e em pau-a-pique. É um exemplo de construção das ricas famílias daquela época. Tornou-se “Casa Real”, ao hospedar o Imperador D. Pedro II. Abrigou também o então Barão de Caxias.
Em 1908, o casarão foi comprado pelo Governo do Estado e passou a ser utilizado como Grupo Escolar Coronel Esmédio até a década de 1960. No ano de 1965, passou a abrigar o Museu Histórico e Pedagógico das Monções e, em 1982, foi tombado pelo CONDEPHAAT.
Há registros do historiador Francisco Nardy Filho, de que prédio do Museu também serviu de Quartel do Exército Brasileiro, nos idos de 1831, com 2 Cias de Infantaria com efetivo de 185 homens e ainda 2 Esquadrões de Cavalaria, com efetivo de 87 homens, efetivo esse muito importante para a época.
ResponderExcluirPergunto, como esse importante prédio histórico Brasileiro, pode estar totalmente deteriorado???