quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Após descobrir diabetes em filha, casal funda associação em Tietê, SP

 

Caminhada de educação e prevenção ao diabetes será nesta 5ª feira, 15. Doença mudou rotina da família que trabalha pela divulgação do diabetes.

Deise Voigt Do G1 Itapetininga e Região

 

As vidas de Ariane e Daniel Silva mudaram depois que a filha, então com oito anos de idade, foi diagnosticada com diabetes. Para informar sobre a doença e compartilhar as dificuldades da rotina de quem precisa enfrentá-la, eles iniciaram a criação da Associação de Crianças Diabéticas de Tietê (Acridit).

A primeira ação do grupo será a “Caminhada de Educação e Prevenção ao Diabetes”, que acontece a partir das 9h da quinta-feira (15), com saída da praça Dr. Elias Garcia em Tietê (SP). O evento acontece no dia seguinte ao Dia Mundial do Diabetes.
A caminhada tem como objetivo conscientizar a população e cadastrar portadores de Diabetes Mellitus Tipo 1 (criança ou jovem). O evento, que recebe apoio da Prefeitura de Tietê e de profissionais voluntários, quer também conscientizar a respeito de cuidados necessários para evitar a doença.
Na praça de onde iniciará a caminhada serão feitos testes gratuitos de glicemia e aferição de pressão arterial, além de sorteio de brindes.
“A caminhada será uma oportunidade de começar a conhecer as pessoas que convivem com o problema do diabetes e trocar informações para ajudá-las para que, no futuro, tenham uma vida normal dentro da sociedade, o que é perfeitamente possível”, diz Ariane.

 

O casal Silva descobriu que a filha mais velha tinha diabetes há três anos. A menina, hoje com dez anos de idade, teve de mudar a rotina de vida para se adequar ao tratamento. “No momento em que você ouve o diagnóstico é muito complicado. A rotina da criança muda completamente. No caso da nossa filha, ela fez os exames para o diagnóstico e no dia seguinte já começou a tomar insulina. Ela, que morria de medo de agulha e médico, teve que se acostumar. Além do tratamento com insulina e dieta, há idas ao médico, à nutricionista, é um conjunto de ações para que ela possa ter melhor qualidade de vida”, comentou a mãe.
A família afirma já ter se adaptado à nova rotina, que é totalmente controlada. “É importante que a minha filha aprenda a conviver com a doença. O diabetes não é um fator limitante. Ela tem que saber que, numa festa de aniversário, por exemplo, não poderá comer mais do que um doce. Tudo tem que ser muito controlado e com a insulina nas mãos”, adicionou Ariane.
De acordo com a família, a Acridit facilitaria as informações para quem precisa enfrentar a doença. Em Tietê, o grupo pretende formar a associação com foco em crianças. O lema da associação é “vamos ajudar nossas crianças a ter um doce futuro”.
“Por termos alguém com diabetes em nossa família, sentimos a necessidade de buscar informação a respeito e, infelizmente, a cidade não tinha tudo que precisávamos. Queremos fazer contato com outras famílias, trocar informações e estabelecer parcerias com psicólogos e nutricionistas”, finalizou Ariane.
Dados da Federação Internacional de Diabetes estimam que até 2030 cerca de 552 milhões de pessoas, ou um a cada dez adultos, terão diabetes. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e 500 novos casos surgem a cada dia no país.

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