Segundo pesquisa, pacientes se habituaram a acessar a web antes de ir ao médico
Além de ir ao médico, pacientes também consultam a internet para obter informações sobre complicações de saúde, mostra um estudo conduzido por duas universidades americans. O trabalho, porém, aponta que a web serve apenas como apoio e que a prática não é um indicativo de que as pessoas não confiam nos profissionais de saúde.
Leonardo Soares/AE
Consulta à internet não quer indica que pacientes não confiam nos médicos
Mais de 500 pessoas que fazem parte de grupos e fóruns na internet e tinham consultas marcadas foram entrevistadas. Cerca de 70% delas disseram que consultariam os médicos sobre informações que encontraram na rede, e cerca de 40% imprimiu textos encontrados e os levaram ao consultório. Ainda de acordo com os pesquisadores, mais da metade demonstrou vontade em questionar os médicos se as informações que encontraram eram confiáveis.
O estudo, porém, aponta que a busca por informações online não aponta para um queda na confiança dos pacientes. "Descobrimos que a desconfiança não é um fator significante. Isso significa que os médicos não precisam ser defensivos quando os pacientes aparecerem na consulta com algo que tiraram da internet", diz Xinyi Hu, um dos autores da pesquisa.
O trabalho de Hu e seus colegas da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade Davis examinou como os pacientes fazem uso de grupos de apoio e outros recursos da internet, além de fontes de informação fora do computador, antes de consultarem médicos.
"A internet se tornou uma fonte comum para informações sobre saúde e outros assuntos. Muitas pessoas entram na rede quando precisam enfrentar algum desafio. pE natural que ocorra o mesmo processo quando se trata de um problema de saúde", analisa Hu.
A confiança nos médicos não é um fator relevante, mas outros aspectos influenciam os pacientes a buscar informações na web. As pessoas que se sentiam com certo nível de controle sobre a doença, por exemplo, foram as que mais acessaram a internet. A prática também foi comum entre aqueles que acreditavam que as complicações persistiriam, apesar do tratamento.
Mas a informação encontrada na internet não substituiu as fontes tradicionais, de acordo com a pesquisa. Em vez disso, o acesso à web foi uma ferramenta para complementar fontes como amigos, livros e notícias.
"Com o crescimento de grupos de apoio online, os médicos precisam estar atentos para pacientes que fazem uso dessas fontes. Eles tendem a ser bastante ativos quanto à busca por informações, usando tanto os meios tradicionais quanto as novas mídias para buscá-las", diz o estudo.
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