Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa, presbítero e doutor
Sabedoria 7, 7-14; Efesios 4, 7.11-15; Marcos 16,15-20
As leituras acima indicadas são aquelas previstas no Lecionário Franciscano para a comemoração desse santo universal e padroeiro celeste dos namorados.
Não vamos hoje tirar o “sabor das palavras” da Escritura, mas pedimos a Antônio das trezenas, das fitas, dos lírios brancos e dos namorados que nos ajude a refletir precisamente sobre esses que chamamos de enamorados e enamoradas. Afinal de contas, Santo Antônio não é o santo casamenteiro?
Namoro, namorada… palavras que foram se tornando meio e muito banais. Seria bom se restaurássemos esse tempo de iniciação no amor que chamávamos de namoro em preparação para o casamento.
Um rapaz e uma moça… esse atrativo do corpo, da graça, das qualidades, do valor de um e de outro. Esse olhar que se encontra com um olhar e tudo muda… a lua parece uma rainha, o por de sol enternece e o corpo parece caminhar com a leveza de uma pluma porque se ama.
Há um olhar, um conviver, um desejo de entabular um relacionamento, em multiplicar os encontros. Muito no começo parece imprudente o encontro íntimo dos corpos quando os corações ainda não passaram na prova do amor. Pode ser desastroso ter que dizer a alguém que usamos dele ou dela… que não era ainda hora… que o fruto ainda estava verde… Sem falsos pudores podemos dizer que o encontro dos corpos se faz com êxito somente quando tiver havido a união dos corações…
O corpo, a graça, a vida do outro. A vontade que se tem, quando as circunstâncias permitirem e quando o tempo fizer a sua parte, é unir vidas , histórias, corpos e corações. Encontros, conversas, alegria de degustar a presença, tempo de descobrir aquilo que faz o outro ser o outro, acolhida das diferenças. Tempo de encontros, de encontro com a família dele e dela, com os amigos dele e dela. E de repente há um aviso no ar: está na hora de assumir uma vida nova, ele com ela e ela com ele, dá para encarar um amanhã de uma história a dois e a mais com a chegada dos filhos. Tempo de namoro: não curto demais, nunca exageradamente longo. Não é necessário esperar que se tenha casa, carro, dinheiro e posição… Juntos, mesmo em certa precariedade, é possível dizer a palavra decisiva: “Eu te escolho entre muitas e muitos…Podemos nos dar as mãos e , na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, sob o olhar do Cristo esposo da Igreja no alto da cruz, rasgar os caminhos do amanhã, vivendo a festa do amor…
Terminado o tempo do namoro começa o tempo esplendoroso das núpcias. Esplendoroso sim, quando marido e mulher na humidade de seus corações abertos à presença do Senhor, construírem sua vida a dois.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário!
Seja bem vindo!
Pascom Porto Feliz