O Sínodo dos Bispos do Vaticano chamou a atenção para a existência de uma estratégia impulsionada pelas autoridades políticas em diversos países da América que busca minimizar o peso da Igreja católica no continente.
A sala de imprensa da Sé Apostólica divulgou um informe na sexta-feira que incluiu as conclusões da mais recente reunião do Conselho Especial do Sínodo para o Continente Americano, que aconteceu nos dias 27 e 28 de outubro, em Roma.
O informe, redigido com as contribuições de cardeais e bispos dessa região, denunciou a “interferência do Estado”, que considera a Igreja católica como uma das muitas confissões religiosas.
Apontou que, com essa atitude, as autoridades civis ignoram a “verdadeira natureza” e o “papel histórico inegável” que a Igreja exerceu na primeira evangelização do continente, assim como na formação da identidade das nações.
Também indicou que esta estratégia pretende substituir os conceitos de diálogo ecumênico e inter-religioso pela ideia genérica de “relações inter-religiosas”, outorgando assim arbitrariamente a todas as religiões a mesma entidade, por considerá-las “fenômenos de natureza espiritual”.
Dessa maneira se “pretende considerar a religião como uma ferramenta a serviço da vida política”, apontou.
O informe se referiu, além disso, à relação da Igreja com as religiões indígenas pré-colombianas, que a instituição católica busca “purificar” mediante elementos compatíveis com a mensagem cristã, além de “integrá-las convenientemente” na vida das comunidades eclesiais locais.
Expressou sua preocupação com o impacto da pobreza, da violência e da difusão de valores contrários ao respeito à vida humana, que se consideram “resultados negativos da influência do processo de secularização que se estende de norte a sul”.
A reportagem é da Notimex, 05-11-2011. A tradução é do Cepat.
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Pascom Porto Feliz