O Papa Bento XVI lançou nesta quarta-feira, 6, um apelo para que se inicie o trabalho de pacificação e diálogo e se evite mais derramamento de sangue na Costa do Marfim e na Líbia, países do continente africano. O apelo do Pontífice foi dirigido após a Catequese.
"Rezo pelas vítimas e estou próximo a todos aqueles que estão sofrendo. A violência e o ódio são sempre uma derrota!", disse o Pontífice.
O Santo Padre disse que continua a seguir com apreensão os dramáticos acontecimentos que as populações de ambos os países estão vivendo. Na semana passada, também após a Catequese, Bento XVI disse que decidiu enviar à Costa do Marfim o presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Peter Turkson Kodwo, para manifestar a solidariedade do Papa e da Igreja universal pelas vítimas do conflito e encorajar a reconciliação e a paz.
"Espero, também, que o Cardeal Turkson, que encarreguei de dirigir-se à Costa do Marfim para manifestar a minha solidariedade, possa entrar brevemente no País", disse hoje o Pontífice, frente às dificuldades de acesso ao país do leste africano.
Costa do Marfim
Na Costa do Marfim, há dois grupos políticos em disputa pelo poder: de um lado, Alassane Ouattara, que reivindica a presidência, e, de outro, o atual líder do país, Laurent Gbagbo. Os conflitos iniciaram em fins de novembro do ano passado, logo após Gbagbo - no poder desde 2000 - ocupar novamente o posto de presidente, apesar de sua vitória nas eleições ter sido rejeitada por líderes mundiais, mas aceita pelo Exército.
Até agora, calcula-se que o número de mortos já chegue a 500 e o de refugiados passe de meio milhão.
Líbia
Os protestos populares contra o regime ditatorial de Muammar Gaddafi, no poder desde 1969, começaram no dia 16 de fevereiro e se estendem desde então. Na quinta-feira, 17 de março, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que estabeleceu uma zona de exclusão aérea na Líbia e autorizou ataques internacionais por ar, terra e mar contra as forças do coronel Muammar Khadafi.
Os ataques foram capitaneados especialmente pelos Estados Unidos, com apoio de França e Inglaterra, mas sem uma liderança definida. No dia 29 de março, a Conferência Internacional sobre a Líbia, que aconteceu em Londres e contou com a participação da Santa Sé como Observador, definiu que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tomasse a frente da operação, a fim de proteger os civis e áreas com população civil sob a ameaça de ataque a partir do regime de Khadafi.
No último dia 4, os flhos do presidente da Líbia, Muammar Khadafi, propuseram uma transição democrática no país. A sugestão de Seif Al Islam El Kadhafi é que ele conduza o processo de transição seguindo as orientações de uma democracia constitucional, que incluem a retirada do seu pai do poder. A sugestão tem o apoio de Saadi El Kadhafi, outro filho do presidente líbio.
Até agora, o governo de Kadhafi nega um cessar-fogo com os rebeldes, que ocupam cidades estratégicas no país.
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