Oficiais da Marinha do Brasil estiveram em Porto Feliz nesta semana para catalogar a embarcação encontrada na cidade no mês passado. Nesta sexta-feira, 24, eles estiveram em reunião com o prefeito de Porto Feliz, chefe de Gabinete Urias de Oliveira e diretor de Cultura e Esportes Claudimir Causin, no Paço Municipal, onde explicaram o motivo da visita.
Segundo o capitão de fragata da Marinha, Marcelo Ruas Nogueira, o objetivo da visita foi levantar dados sobre a embarcação e elaborar documentação sobre as características da peça. As informações, ainda segundo ele, serão repassadas ao Comando Mor da Marinha, em Brasília, solicitando a visita de técnicos do órgão e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para indentificar se realmente trata-se de um Batelão utilizado no século 18, na época das Monções.
“Queremos que a embarcação fique com a Prefeitura e em exposição na cidade, já que é um patrimônio do Estado de São Paulo e de Porto Feliz”, disse Ruas ao prefeito.
Na oportunidade, prefeito municipal assinou documentação em que torna-se fiel depositário do município e responsável pela permanência da embarcação na cidade. “Nosso objetivo é restaurar e conservá-la em nossa cidade”, disse.
A assinatura do documento foi necessária já que, de acordo com Ruas, “as embarcações encontradas em águas brasileiras e que estiveram naufragadas há mais de cinco anos tornam-se um bem inalienável da União”, explicou. “Neste caso, mesmo pertencendo à União, a nossa vontade é que fique com a cidade”, reiterou.
A mesma explicação já havia sido dada na quinta-feira, 23, pelo capitão ao chefe de Gabinete e ao diretor de Cultura e Esportes. Na oportunidade, eles informaram à Marinha a intenção do município em tornar o Museu da cidade, em um Centro de Referência das Monções. “Estamos para receber um novo projeto museológico para o nosso Museu, e está peça será importante nesta nova configuração”, disseram.
Após analisar a embarcação no Centro de Educação Ambiental, capitão Ruas disse que é grande a possibilidade de ser um Batelão. “No momento está claro que é uma embarcação muito antiga, igual as que foram feitas antigamente. Na inspeção visual parece muito com o batelão que Porto Feliz já tem em seu acervo no Museu, que era utilizado pelos Bandeirantes para navegar o Rio Tietê”, afirmou. “Mas vamos aguardar, pois apenas os peritos poderão dizer se é realmente um Batelão”, completou. Os oficiais da Marinha também estiveram no local onde a embarcação foi encontrada.
O possível batelão foi encontrado no mês passado em Porto Feliz pelo frentista Sidnei Aparecido dos Santos, no ribeirão do Engenho d`Água, um afluente do rio Tietê.
Em Porto Feliz, capitão Ruas esteve acompanhado do suboficial da Marinha, Robson Augusto Marques de Castro e do 3º. Sargento da Marinha Joe Brito Alves dos Santos. Eles pertencem à Capitania da Marinha de Santos, subordinada à Capitania dos Portos de São Paulo.
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