segunda-feira, 12 de julho de 2010

EXIGÊNCIA DO SER CATEQUISTA

Realmente ser catequista, cumprir bem a missão é manter o foco, foco que é JESUS CRISTO. Ele precisa ser descoberto por nossos catequizandos e nós somos seus instrumentos, mas nem sempre os instrumentos conseguem moldar e apresentar seu resultado final com clareza. Falha do instrumento? Quem sabe? O instrumento está perdendo sua habilidade? Quem sabe? Está precisando ser renovado? Está desatualizado? Não consegue acompanhar as mudanças de época, ou as épocas de mudanças? 

Eu também, sempre me dediquei à preparação de jovens e adolescentes para vivenciar a Crisma. Mas mudanças foram feitas nos planos da catequese arquidiocesana , desmancharam os grupos de preparação de Crisma e formaram grupos de Convivência onde participam jovens e adolescentes já crismados e os que serão futuramente crismados. Bom? Não sei? Ruim? Não diria, mas meio complicado, não muito claro para mim. Na realidade de minha paróquia a coisa aconteceu assim: o padre convidou um grupo de casais jovens, com filhos na faixa etária da adolescência e com eles organizou uma estratégia de formação e encaminhamento da vida espiritual desses adolescentes. 

Ótimo!!! Coube a mim, retirar-se de cenário, pois catequista há quase 40 anos, com idade de 65 anos já era. Apesar de ser avó de sete netos, dos quais seis adolescentes e que diariamente convivem comigo, dois netos de 15 e gêmeos, semanalmente com mais duas netas de 17 e 16 os quais foram todos meus catequizandos, com a graça de Deus, tudo isso me faz sentir com espírito ultra jovem, dinâmica, aberta e sempre buscando descobrir novos horizontes. 

E, ainda mais dois netos que convivem um pouco menos comigo, pois moram em S.Paulo, fortes laços nos unem, pois assim como seus pais se engajaram na paróquia onde freqüentam e nossa neta é coordenadora dos jovens e atua junto a Crisma, isto nos acalenta o coração. Lógico senti, senti dor, ausência dos adolescentes e jovens a injetar sangue novo constantemente em mim. Estou tentando me colocar em pé novamente, mas que a dor ainda martela em minha mente, isso é verdade. Gostaria de ter sido consultada, partilhar minhas idéias que são muitas, ter sentado junto com o grupo novo, ouvi-los e ser ouvida, afinal até hoje busco crescer em minha formação. Recentemente terminei uma pós-graduação em Catequese, participei do grupo de reflexão que elaborou o documento 97 sobre Iniciação à Vida Cristã, estive lado a lado com um dos maiores especialistas da catequese, chamado inclusive de um dos”dinossauros da catequese” que é o Pe.Luiz Lima, doutor em Catequética, que foi meu orientador na monografia, que por sinal me contemplou com a nota máxima, dez. Puxa!!! 

Acho que valeu meu esforço e de meu marido que me levou assiduamente as aulas, em S.Paulo, por um ano e meio. Eu diria que pique o meu e de meu esposo, enfrentar estrada, trânsito de S.Paulo, gastos e outros. Mas Deus nos carregou o tempo todo no colo, nos acariciou com ternura, nos fortaleceu nos dias mais difíceis. E acabamos vencendo, graças ao bom Deus. Mas às vezes me pergunto, para quê? Curso em Metodologia Catequética, Curso Superior de Teologia, Pós- Graduação e vivência familiar e pastoral. E, daí? Repetindo meu irmão catequista Alberto: “Amo a catequese. Amo ser catequista”, por isso continuo. Ah, não posso me esquecer de repente surgiu uma necessidade e estou acompanhando, provisoriamente, uma turma de catequese para a Primeira Eucaristia, com grandes desafios pela frente. Deixei, também, a coordenação e agora vida nova, seguir em frente e amar, amar muito a Deus e meus irmãos de caminhada. Rezar, rezar muito também, para vencer as dores e dificuldades. 

Saber ser resiliente, isto é, buscar uma força interior, capacidade para atribuir sentido a tudo o que está acontecendo e não perder o horizonte de esperança para o qual caminhamos, conforme aprendi com nosso irmão de caminhada, Pe.Joaozinho, em seu livro: “As sete virtudes do líder amoroso”. 

Deus nos abençoe e guarde. Amém. 


M.Angela Guenka. 

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