segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MIlagres do Ecumenismo

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Fatos recentes vêm provando que as críticas ao ecumenismo, promovido sobretudo pela Igreja Católica, que consiste em buscar a unidade de todos os cristãos sob o báculo de Pedro, eram infundadas.

Acontecimentos tais como a publicação do livro “Recolhendo os frutos. Aspectos básicos da fé cristã no diálogo ecumênico”, preparado pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos; o anúncio, em coletiva de imprensa, que Bento XVI aceitará o pedido de 20 a 30 bispos anglicanos, numerosos sacerdotes e fiéis a entrarem em plena comunhão com a Igreja Católica; a declaração do bispo ortodoxo búlgaro Tichon ao Papa, afirmando que ele não economizará esforços para que a comunhão plena entre Católicos e Ortodoxos se faça o quanto antes; e o avanço no diálogo com as igrejas ortodoxas em Paphos (Chipre) são somente alguns fatos eloquentes dos frutos do ecumenismo e de um desejo crescente entre a maioria dos cristãos de reencontrar a unidade perdida: “Um só rebanho, um pastor” (Jo 10, 16).

A missão do Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, é de conservar a unidade do rebanho de Cristo a ele confiada (cf. Jo 21, 17). Ele é sinal visível desta unidade, e Bento XVI, consciente da sua missão, não nega esforços em buscar que se alcance a unidade de todos os cristãos.

Os frutos do diálogo com membros de outras confissões cristãs, vêm parecendo aos olhos de muitos um milagre. No entanto é o Espírito Santo atuando na Igreja através da missão de Pedro, já prefigurada na pesca milagrosa do capítulo 21 do evangelho de São João. E vejamos porque:

Pedro, obedecendo ao comando de Cristo (cf. Jo 21, 6), lança a rede, a puxa para a margem sem que se “rompa” e apresenta a Cristo Ressuscitado os frutos da pesca milagrosa: 153 grandes peixes. Este número de 153 grandes peixes serve de alusão aos 153 povos e nações conhecidos no mundo antigo, os quais Cristo põe nas redes de Pedro significando a sua missão de pastor universal da Igreja.

Santo Agostinho também nos ajuda a compreender esta passagem. Para ele a praia é o limite do mar e significa o fim do mundo, e em João 21 a barca de Pedro representa a Igreja no fim dos tempos com Pedro trazendo para Cristo todas as nações e povos sem que se rompa a rede.

Não menos interessante é observar o verbo grego “schísma” (romper) que usa São João, que é, por sua vez, forma etimológica da palavra em português “cisma”. O Papa na sua missão de guardião da unidade da Igreja busca também sanar os cismas que ao longo da história se deram entres os cristãos, simbolizados na primeira pesca milagrosa (cf. Lc 5, 6) quando se romperam as redes.

Todos nós cristãos podemos colaborar com o Papa na busca da unidade. E pedir ao Espírito Santo que lhe ilumine no seu empenho ecumênico e conceda à sua Igreja a unidade desejada por Cristo para sua Igreja “que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17, 11).


Fonte: Eduardo da Costa, LC
edacosta@legionaries.org

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