Caminho para encontrar Deus, diz na Capela Sistina
Por Jesús Colina
CIDADE DO VATICANO, domingo, 22 de novembro de 2009 (ZENIT.org).-
Em meio ao ambiente de pessimismo que se respira por causa da crise econômica e social, o Papa perguntou aos artistas: “O que pode voltar a dar entusiasmo e confiança, o que pode animar a alma humana a encontrar o caminho, a elevar o olhar ao horizonte, a sonhar com uma vida digna da sua vocação? Não é acaso a beleza?”.
“A experiência do belo, do autenticamente belo, do que não é efêmero nem superficial – respondeu o Papa –, não é acessório ou algo secundário na busca do sentido e da felicidade, porque essa experiência não afasta da realidade, e sim leva a enfrentar totalmente a vida cotidiana para libertá-la da escuridão e transfigurá-la, para torná-la luminosa, bela.”
Pelo contrário, indicou, a beleza “pode converter-se em um caminho para o transcendente, para o mistério último, para Deus”.
“Não tenhais medo de relacionar-vos com a fonte primeira e última da beleza, de dialogar com os crentes, com quem, como vós, se sente peregrino no mundo e na história, rumo à Beleza infinita!”.“A fé não elimina nada da vossa criatividade, da vossa arte; mais ainda, ela vos exalta e vos nutre, animando-vos a atravessar o limiar e a contemplar, com olhos fascinados e comovidos, a meta última e definitiva, o sol sem crepúsculo que ilumina e torna belo o presente”, concluiu.
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