Como parte dos esforços para atacar a Globo, a Record fez uma aquisição poderosa:
comprou o documentário “Muito Além do Cidadão Kane” (”Beyond Citizen Kane”).
A emissora fechou o negócio nesta semana, mas já havia tentado adquirir os direitos de exibição para TV brasileira nos anos 90.
Desde a semana passada, quando Globo e Record começaram a se atracar em rede nacional, o nome da produção voltou à baila. No entanto, quase tudo o que se diz sobre ela –de sua suposta proibição à autoria do trabalho– é equivocado.
A Record já vinha veiculando trechos do documentário em seus telejornais noturnos antes da aquisição. O filme chegou a ser citado no “Repórter Record” do ultimo domingo.
Transmitido pela primeira vez em 1993, no Reino Unido, “Muito Além do Cidadão Kane.” mostra o empresário Roberto Marinho (1904-2003) como ícone da concentração da mídia no Brasil –daí a referência a Charles Foster Kane, magnata das comunicações vivido pelo cineasta Orson Welles em “Cidadão Kane” (1941).
Simon Hartog, diretor da obra, morreu em 1992, antes de o trabalho ser exibido. Seu produtor e braço-direito era John Ellis, que se tornou a partir daí o responsável pelo projeto.
Ellis deteve, até o começo dessa semana, o direito de exibição do filme em TV aberta no Brasil, agora na mão da Record.
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Pascom Porto Feliz