Prefeito de Capela do Alto rejeita aumento salarial proposto pela Câmara

 

O prefeito de Capela do Alto, Marcelo Soares da Silva (PV), iniciou esta semana buscando dialogar com a presidente da Câmara Municipal e vereadores, na tentativa de encontrar um consenso em torno do projeto de lei que tramitava pela Casa concedendo reajuste substancial nos salários dos vereadores, prefeito e vice a partir de 2013, ou seja, daqueles que seräo eleitos em outubro próximo para o quadriênio 2013/2016. O aumento proposto pelo Legislativo é de 70% para os vereadores, 90% para o prefeito e 50% para o vice, causando no entender inclusive do chefe do Executivo, candidato natural à reeleiçäo, um grande impacto no orçamento do Município, e acabou sendo aprovado em Plenário pelos vereadores ainda na segunda-feira à noite, mesmo se sob forte pressäo popular em contrário.

O projeto legislativo de aumento partiu da Mesa Diretora da Casa, composta pelos vereadores Terezinha de Fátima Simões (PSDB), Emílio Pereira de Lima (PV), Nilton Adriano dos Santos (PMDB) e Idalino Lourenço Nepomuceno (PTC). Com o reajuste proposto pelo Legislativo, o salário do prefeito de Capela do Alto passaria assim, na próxima gestäo, dos atuais R$ 5 mil para R$ 9.500; dos vereadores, de R$ 1.700 para R$ 3 mil; do presidente da Câmara, de R$ 2.500 para R$ 4 mil e do vice-prefeito, de cerca de R$ 3 mil para R$ 4.500.

"O aumento proposto está sendo injusto. Desde de 2009, os funcionários públicos receberam um reajuste de 31,7%. Entäo, como é que nós vamos aprovar um reajuste nessas proporções sem consultar o impacto financeiro que ocorrerá no orçamento municipal?" tem indagado o prefeito Marcelo Soares da Silva, que já promete vetar o aumento aprovado no Legislativo. Marcelo defende, aliás, o aumento igualitário de 31,7% para os vereadores, prefeito e vice e considera ainda o reajuste proposto pelo Legislativo uma falta de bom senso para com os contribuintes capelenses e com os servidores do Município. "Temos a necessidade de corrigir os salários, mas que isso seja feito com coerência pelos nossos vereadores, respeitando os servidores públicos que atuam no Município e também os cofres públicos, que ficarão onerados com esse aumento abusivo", frisou o prefeito também.

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