Dois dos temas tratados na coletiva de imprensa desta quinta-feira, 24, com a presidência CNBB, foram eleições 2010 e a lei Ficha Limpa. Sobre a lei, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, fez questão de agradecer a ação da Igreja no Brasil, desde as comunidades até as dioceses, que contribuíram com 1,6 milhões de assinaturas para a aprovação da lei de iniciativa popular.
“A ação da Igreja Católica foi indispensável para a aprovação da Lei Ficha Limpa, pois contribuímos desde as comunidades até as paróquias e dioceses, o que em números significa 90% da contribuição, dados que nos orgulham muito”, disse o presidente.
Dom Geraldo disse ainda que a Igreja fez sua parte e vai acompanhar o trabalho dos tribunais que irão dizer quem está apto a disputar as eleições. Ele ressaltou, porém, que a partir de agora está nas mãos da justiça brasileira coibir aqueles que não merecem disputar as eleições. “Ficha Limpa não é mais uma campanha, mas uma lei que agora está nas mãos da justiça. A CNBB através da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), no entanto, vai continuar acompanhando os trabalhos dos tribunais, que com certeza serão exercidos com grande competência”.
Eleições 2010
Questionado se a CNBB manifestará apoio a um candidato à presidência da República, ou irá avaliar propostas durante a corrida ao Planalto, dom Geraldo afirmou que não é competência da CNBB interferir no processo eleitoral brasileiro, mas ressaltou que a Conferência espera eleições limpas durante a disputa.
“A CNBB trabalha no campo moral, portanto, não é sua atribuição se intrometer no processo eleitoral. Manifestamos apenas a esperança de uma corrida eleitoral justa e democrática, com respeito ao diferente e à diversidade de nosso país. Ao eleitor, pedimos que avalie bem os candidatos e lembramos que o processo eleitoral não termina ao confirmar o voto, mas continua ao longo dos mandatos”.
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Pascom Porto Feliz