Jovem e Narguile, uma mistura sadia?
Recentemente um Padre, amigo meu, me pediu algo: "Padre Wagner, já que você
gosta tanto de trabalhar com jovens, procure escrever algo sobre o narguile
ao qual muitos jovens que conheço estão aderindo."
Em princípio, eu achei que o modismo não era tão intenso assim, mas com o
tempo fui observando, uma vez que estou sempre no meio dos jovens, que a
"novidade" era mais comum entre os mesmos do que eu imaginava.
A nova moda entre os jovens do Brasil, principalmente na cidade de São
Paulo, é um tradicional cachimbo d'água utilizado nos países do Sudeste
Asiático e Oriente Médio.
A moda oriental só decolou mesmo no Brasil, para
variar, com a influência da televisão, e para variar mais uma vez, por uma
influência de uma novela.
Devido à mistura de variadas essências, o narguile também conhecido como
'hookah' nos países de língua inglesa, ou por 'shisha' no norte da África,
possui aromas variados.
É feito com um fumo especial, e os sabores mais
conhecidos são: pêssego, maçã-verde, coco, flores e mel. Seu formato possui
a seguinte forma:
Uma peça central que muito se assemelha a um vaso, onde
coloca-se água; conectada à base encontra-se uma peça cilíndrica que
sustenta o fornilho, onde se coloca o tabaco, e em cima deste, o carvão.
O narguile pode possuir várias mangueiras, propiciando com que variadas
pessoas possam fumar ao mesmo tempo. Ora, uma vez que sabemos que em
adolescentes e em alguns jovens o sentimento tribal, ou seja, de pertença a
alguma tribo ou grupo é bem mais acentuado que em adultos, e esta espécie de
moderno tribalismo lhes dá um sentimento maior de segurança, o narguile
parece ser ideal para a integração dos indivíduos.
Aliás, bem sabemos que a grande maioria dos jovens começam a beber não
porque gostam, mas porque beber é uma forma de ser aceito pelo grupo. Dá um
sentimento forte de agregação.
O problema é que com o tempo, transforma-se
em vício, os amigos se vão, ou porque se casam, ou se formam, ou se mudam, e
fica o vício, que faz da pessoa refém por toda a vida.
presente a nicotina que propicia a ilusão de "bem-estar". E ainda mais, que
o mesmo é mais nocivo que o cigarro, pois pode propiciar doenças infecciosas
por ser utilizado por mais de uma pessoa sem a devida esterilização, foi o
que afirmou a Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e
Tisiologia (SPPT). Diga-se também que não são poucos os jovens que adicionam
à mistura, maconha e crack. E que substituem a água do narguile por bebida,
para dar um sentimento maior de euforia.
Recorde-se aqui que há uma crença popular de que a água ajudaria a
purificar a impurezas do fumo, o que não passa de mais um mito, posto que
segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a fumaça inalada em uma sessão
de narguile que dura de 20 minutos a 1 hora, corresponde à inalação de 100 a
200 cigarros, e consome-se até 10 litros de fumaça, uma vez que a presença
da água faz com que se aspire ainda mais fumaça, logo, inala-se maior
quantidade de toxinas.
Por fim, assinale-se ainda que, por conter diversas toxinas, o "famoso
modismo" pode propiciar doenças tais como: câncer de pulmão, doenças
cardíacas, tuberculose, herpes, hepatite e outras.
Bom, agora cabe a você jovem e a vocês pais, tirarem suas conclusões.
Mas, como padre, gostaria de dizer que o problema de nossos jovens
contemporâneos, não é o narguile, que com certeza é mais uma "onda" que vai
passar, ou a droga "x" ou "y", o que está faltando mesmo é um pouco mais de
personalidade, convicção, valores, bons ícones para serem imitados por
nossos adolescentes e jovens. Aliás, nosso tempo está tão carente de ícones!
Padre Wagner Lopes Ruivo
Arquidiocese de Sorocaba
gosta tanto de trabalhar com jovens, procure escrever algo sobre o narguile
ao qual muitos jovens que conheço estão aderindo."
Em princípio, eu achei que o modismo não era tão intenso assim, mas com o
tempo fui observando, uma vez que estou sempre no meio dos jovens, que a
"novidade" era mais comum entre os mesmos do que eu imaginava.
A nova moda entre os jovens do Brasil, principalmente na cidade de São
Paulo, é um tradicional cachimbo d'água utilizado nos países do Sudeste
Asiático e Oriente Médio.
A moda oriental só decolou mesmo no Brasil, para
variar, com a influência da televisão, e para variar mais uma vez, por uma
influência de uma novela.
Devido à mistura de variadas essências, o narguile também conhecido como
'hookah' nos países de língua inglesa, ou por 'shisha' no norte da África,
possui aromas variados.
É feito com um fumo especial, e os sabores mais
conhecidos são: pêssego, maçã-verde, coco, flores e mel. Seu formato possui
a seguinte forma:
Uma peça central que muito se assemelha a um vaso, onde
coloca-se água; conectada à base encontra-se uma peça cilíndrica que
sustenta o fornilho, onde se coloca o tabaco, e em cima deste, o carvão.
O narguile pode possuir várias mangueiras, propiciando com que variadas
pessoas possam fumar ao mesmo tempo. Ora, uma vez que sabemos que em
adolescentes e em alguns jovens o sentimento tribal, ou seja, de pertença a
alguma tribo ou grupo é bem mais acentuado que em adultos, e esta espécie de
moderno tribalismo lhes dá um sentimento maior de segurança, o narguile
parece ser ideal para a integração dos indivíduos.
Aliás, bem sabemos que a grande maioria dos jovens começam a beber não
porque gostam, mas porque beber é uma forma de ser aceito pelo grupo. Dá um
sentimento forte de agregação.
O problema é que com o tempo, transforma-se
em vício, os amigos se vão, ou porque se casam, ou se formam, ou se mudam, e
fica o vício, que faz da pessoa refém por toda a vida.
vício depois de fumar 50 (cinqüenta) vezes, pois no mesmo encontra-se
presente a nicotina que propicia a ilusão de "bem-estar". E ainda mais, que
o mesmo é mais nocivo que o cigarro, pois pode propiciar doenças infecciosas
por ser utilizado por mais de uma pessoa sem a devida esterilização, foi o
que afirmou a Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e
Tisiologia (SPPT). Diga-se também que não são poucos os jovens que adicionam
à mistura, maconha e crack. E que substituem a água do narguile por bebida,
para dar um sentimento maior de euforia.
Recorde-se aqui que há uma crença popular de que a água ajudaria a
purificar a impurezas do fumo, o que não passa de mais um mito, posto que
segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a fumaça inalada em uma sessão
de narguile que dura de 20 minutos a 1 hora, corresponde à inalação de 100 a
200 cigarros, e consome-se até 10 litros de fumaça, uma vez que a presença
da água faz com que se aspire ainda mais fumaça, logo, inala-se maior
quantidade de toxinas.
Por fim, assinale-se ainda que, por conter diversas toxinas, o "famoso
modismo" pode propiciar doenças tais como: câncer de pulmão, doenças
cardíacas, tuberculose, herpes, hepatite e outras.
Bom, agora cabe a você jovem e a vocês pais, tirarem suas conclusões.
Mas, como padre, gostaria de dizer que o problema de nossos jovens
contemporâneos, não é o narguile, que com certeza é mais uma "onda" que vai
passar, ou a droga "x" ou "y", o que está faltando mesmo é um pouco mais de
personalidade, convicção, valores, bons ícones para serem imitados por
nossos adolescentes e jovens. Aliás, nosso tempo está tão carente de ícones!
Padre Wagner Lopes Ruivo
Arquidiocese de Sorocaba
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