Após visita nos Postos de Saúde, onde conversamos com profissionais da área da saúde e com usuários do sistema, chegamos à conclusão de que a situação das unidades básicas do setor, bem como do Posto Central é muito preocupante.
Temos a relatar que em determinados dias da semana não se encontra o profissional médico nas UBS´s e quando se tem constatamos ser por apenas meio período, como segue abaixo:
Posto de Saúde do Castellani (segunda-feira não tem médico, quarta, quinta e sexta-feira não há atendimento médico na parte da tarde e de terça-feira não há atendimento na parte da manhã)
Posto de Saúde do Engenho Velho (sexta-feira não há atendimento médico e de segunda, terça, quarta e quinta-feira não há atendimento na parte da tarde).
Posto de Saúde do Padovani (quinta-feira não há atendimento médico e de segunda, terça, quarta e sexta-feira não há atendimento pela manhã)
Posto de Saúde do São João (terça e sexta-feira não há atendimento médico e de segunda não há atendimento na parte da manhã e na quarta e quinta-feira não há atendimento a tarde)
Posto de Saúde do Porto Alegre (quinta e sexta-feira não há atendimento médico e segunda e terça-feira não há atendimento no período da manhã e de quarta no período da tarde)
Ainda sobre a questão da ausência de atendimento médico, constatamos que na maioria dos postinhos existe um limite de consultas destes profissionais que consideramos ser insuficiente para atender a demanda, recaindo os serviços, na maioria das vezes, ao Pronto Socorro Municipal, que fica sobrecarregado com a alta procura. Percebemos também que não há oferta de profissional médico do Programa Saúde da Família na UBS do do Alto do Castellani, bem como na UBS do Padovani.
Na questão estrutural da maioria das unidades de saúde a situação deixa a desejar, ou seja, não existem salas de arquivo e nem informatização do sistema, os computadores estão obsoletos, em algumas unidades sequer existem computadores, não temos sala específica para vacinação, falta de manutenção em paredes, o que tem ocasionado infiltrações e o aparecimento de umidade, bem como de trincas.
Na maioria das unidades falta local apropriado para o almoxarifado, portas e sanitários em boas condições, bem como ventilação adequada. Notamos ainda que nas UBS´s onde existe o Programa de Saúde da Família não se tem veículo disponível diariamente, ocorrendo o revezamento do automóvel entre as equipes que atendem nas unidades de saúde.
No posto de saúde central, a sala de inalação está em situação nada agradável. Não possui sistema de som para chamada de pacientes, não possui segurança ou guarda municipal, não se tem ambulância de plantão, a sala de coleta de sangue vem sendo dividida com o almoxarifado, o que consideramos inadequado para o bom funcionamento da unidade. Nota-se também que não existem placas de identificação de atendimento, bem como falta de identificação dos servidores.
Chegamos a conclusão de que o baixo número de atendimento nos postinhos faz com que o pronto socorro se sobrecarregue, o que dificulta o atendimento e deixa a população perplexa em não encontrar o profissional médico nas unidades de bairro.
Há, portanto, um cenário desolador uma vez que vários problemas têm afetado o serviço de saúde pública municipal, tornando o setor um grande alvo de reclamações. Cremos que as propostas elencadas no Plano de Governo do atual prefeito sejam colocadas em prática (aumento do horário de atendimento dos postos de saúde dos bairros e exigência de rigoroso cumprimento dos horários de trabalho por parte dos médicos, independentemente do número de consultas), bem como se estabeleça, ou seja, divulgado se existir um calendário determinando as reformas nas unidades necessitadas, para que o sistema possa atender a população de forma rápida e eficiente.
Fonte: Nossojornal.com
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Pascom Porto Feliz